Energia, definida em termos físicos, é a capacidade que um corpo, uma substância ou um sistema físico têm de realizar trabalho. A energia passou a ser importante antes mesmo do seu conceito existir e uma das grandes tecnologias desenvolvidas pelo homem foi a habilidade de aplicar personagens conhecidos a inventos novos. O sol é um desses. De forma bem ampla, usamos a estrela como fonte de energia provavelmente, a cerca de 4,57 bilhões de anos. O sol é tão imenso e intrigante que é objeto de estudo há séculos, mas como será que ele começou a ser visto como uma fonte de energia luminosa?
Esse uso da estrela maior começou faz um tempo. Provas históricas evidenciam que, no século VII a.C., materiais de vidro eram usados como lupa para focalizar a luz do sol e acender fogueiras. Pensando nisso, os romanos e os gregos, no século II a.C. construíram os chamados “espelhos queimadores” em cerimônias religiosas, que também foram aderidos pelos chineses muitos anos depois. Essas formas passivas de utilização da luz solar perduraram por muitos anos e o sol foi servindo de instrumento para estudos arquitetônicos, climáticos e térmicos. Como chegar a forma ativa de utilização da luz do sol?
O primeiro a investigar foi o físico francês, Alexandre Edmond Becquerel que, em 1839, observou o processo no qual um material gera uma voltagem ou corrente elétrica quando exposto à radiação eletromagnética. Essa operação recebeu o nome de efeito fotoelétrico. Anos mais tarde, Albert Einstein explicou esse efeito e, a partir daí, iniciou o processo de entendimento de como a luz pode produzir eletricidade. Em 1883, o inventor norte-americano Charles Fritts criou o primeiro módulo solar de selênio, estabelecendo o início a estudos envolvendo essa tecnologia de forma bem arcaica.
Chamada de tecnologia fotovoltaica em homenagem a Alexandre Volta, físico e químico italiano pioneiro da eletricidade e da potência, essa criação levou os cientistas da Bells Laboratories replicar o módulo utilizando o silício em 1954. Essa mudança de material aumentou a eficiência de 2% para 6%. Quatro anos depois, esses módulos começaram a ser utilizados em viagens espaciais e aviões, dando início a era do uso da conversão de energia luminosa solar em eletricidade nos meios de transporte.
Com o passar dos anos, os módulos foram aprimorados e, recentemente, têm sido empregados e reconhecidos pelos inúmeros benefícios em relação à economia do consumidor em relação à conta de energia. O problema com essa invenção era o mesmo que permeia até os dias atuais: o alto custo. As células solares de silício são caras para produzir e placas solares feitas delas são mais caras ainda e ninguém gosta de gastar muito com energia. Com a crise do petróleo de 1970 e a recente crise hídrica, a energia solar é um investimento a longo prazo extremamente pertinente. Apesar do grande caminho percorrido, essa tecnologia ainda é alvo de pesquisas em busca de melhor eficiência e menor custo. Quem sabe, num futuro bem promissor, todos possam usufruir dessa tecnologia tão incrível, enxergando sua história e valor ao longo dos anos?